Pode parecer um termo novo, mas “bem-estar sexual” (sexual wellness) está no foco do mercado internacional há algumas décadas, como reflexo do crescimento da busca por autocuidado e por qualidade de vida em todo o mundo.

Perceber a noção de bem-estar como algo que deve ser integral, isto é, o bem-estar físico deve estar relacionado ao bem-estar mental, ao espiritual, ao social e, claro, ao sexual, foi fundamental para essa mudança de entendimento e, consequentemente, para esse impulsionamento do setor.

Colocar a busca por uma sexualidade mais leve, plena e saudável como um dos pilares da qualidade de vida foi um fator determinante para que o sexual wellness surgisse como a grande tendência do lifestyle nesta segunda década dos anos 2000 e, ao que tudo indica, nas décadas seguintes também.

Após o boom das sextechs durante o primeiro ano da pandemia, quando o número de empresas do setor triplicou – somente no Brasil, a consultoria KBV Research aponta um crescimento constante nos próximos anos e aposta que, ainda em 2026, o mercado de bem-estar sexual deve movimentar quase duas centenas de bilhões de dólares.

Se, durante o período de isolamento, as marcas preferiram investir em clientes que precisavam estar sozinhos em casa e buscavam formas de autoconhecimento e de prazer solo, atualmente as empresas de bem-estar sexual vêm explorando novos mercados e novas formas de encontrar o público, agora sedento por experiências fora de casa com outras pessoas e por atividades que o levem de volta ao “normal” pré-pandemia.

É nesse fluxo de negócios que as marcas de bem-estar sexual encontram a rede moteleira em que a busca pela satisfação e, desse modo, pelo bem-estar dos clientes, deve ser constante.

Oportunidade para os motéis

Alguns gestores do setor moteleiro já perceberam a oportunidades de negócio ao oferecerem vibradores, dildos, cosméticos e outros itens de bem-estar sexual aos seus clientes. Ou seja: de ir além das convencionais amenities, dos sachês de lubrificantes, géis, e sabonetes, e investir em parcerias que ampliam a oferta de produtos e permitem que as pessoas escolham o que querem usar em seu momento de intimidade.

Ter à disposição dos clientes vários modelos de sex toys e diferentes tipos de géis íntimos, criar kits completos e diversificar a gama de funções, cores e texturas e a qualidade dos produtos disponíveis em sua carta é uma forma interessante de tornar a experiência do cliente no motel ainda mais completa e prazerosa.

Possibilidades lucrativas

Mais que uma tendência, a preocupação com o bem-estar sexual é uma realidade em expansão e a ampliação do diálogo com a sociedade, feita há anos pelas empresas desse setor que têm tornado o acesso ao conhecimento e a conversa sobre sexo e prazer muito mais fluida e natural, traz possibilidades lucrativas para o setor moteleiro.

A sociedade está cada vez mais aberta para discutir e explorar o prazer sexual de maneira saudável e consciente, por isso, investir nesse mercado em expansão pode ser uma estratégia vantajosa não apenas para quem pretende impulsionar as receitas, mas também para solidificar sua marca como inovadora e atenta às necessidades e desejos dos clientes.

Heloísa Etelvina é cofundadora da pantynova, marca pioneira em sexual wellness no Brasil. Visite nosso site: www.pantynova.com/